Anderson Marlon

Dominando REST de Verdade - O Guia Rápido que Todo Dev Precisa Salvar

Publicado em 29 de Maio

Leitura de 3 minutos

Se você está construindo ou consumindo APIs REST, este guia direto ao ponto vai te mostrar tudo o que precisa saber para projetar serviços web com clareza, escalabilidade e boas práticas. Aprenda a evitar os erros mais comuns, utilizar os métodos HTTP corretamente, aplicar versionamento, paginação e estruturar endpoints como um profissional. Ideal para quem está começando e essencial como referência para quem já desenvolve há mais tempo. Leia, salve e compartilhe com outros devs que querem elevar o nível das APIs que produzem.

Como Projetar uma API REST

  • REST (Transferência de Estado Representacional) é um estilo arquitetônico para construir serviços web.
  • Foco em recursos, não em ações (e.g., /users, não /getUsers).

Restrições REST:

  1. Arquitetura Cliente–Servidor: Clientes e servidores operam independentemente.
  2. Sem Estado: Cada requisição deve conter todas as informações necessárias para processá-la.
  3. Cacheável: Respostas devem definir se são cacheáveis para melhorar o desempenho.
  4. Interface Uniforme: Uma estrutura consistente e previsível para interações. a. Identificação de Recursos: Cada recurso tem um URI único (e.g., /users/123). b. Manipulação de Recursos através de Representações: Clientes modificam recursos via representações (e.g., JSON). c. Mensagens Auto-descritivas: Requisições/respostas incluem todas as informações necessárias. d. Hipermídia como Mecanismo de Estado da Aplicação (HATEOAS): Respostas contêm links para ações relacionadas para fácil navegação.
  5. Sistema em Camadas: APIs devem suportar uma arquitetura de múltiplas camadas sem expor detalhes de implementação.
  6. Código sob Demanda (opcional): Servidores podem enviar código executável para clientes.

Métodos HTTP:

  • GET: Recuperar dados de um recurso (somente leitura).
  • POST: Criar um novo recurso.
  • PUT: Atualizar um recurso existente ou criar se não existir.
  • DELETE: Remover um recurso.
  • PATCH: Atualizar parcialmente um recurso.

Melhores Práticas:

  • Use substantivos para endpoints (evite verbos): /products em vez de /getProducts.
  • Use códigos de status HTTP efetivamente:
    • 200 OK: Sucesso.
    • 201 Created: Recurso criado com sucesso.
    • 404 Not Found: Recurso não existe.
    • 500 Internal Server Error: Erro no servidor.
  • Tratamento de Versão: Use URLs para versioning (e.g., /api/v1/).
  • Paginação para Grandes Conjuntos de Dados: Inclua parâmetros como limit e offset.

Continuação do artigo — Dicas Extras para APIs RESTful

Segurança

  • Autenticação e Autorização: Use tokens JWT ou OAuth2 para garantir acesso seguro.
  • HTTPS Sempre: Proteja dados em trânsito usando HTTPS.
  • Rate Limiting: Evite abusos de API limitando o número de requisições por IP/usuário.
  • Validação de Entrada: Sempre valide os dados recebidos pelo cliente para evitar injeções ou dados malformados.

Consistência

  • Nomes padronizados: Padronize o uso de nomes no plural (e.g., /users, /products).
  • Estrutura uniforme de resposta:
{
  "data": { ... },
  "error": null
}

Ou, em caso de erro:

{
  "data": null,
  "error": {
    "message": "Recurso não encontrado",
    "code": 404
  }
}

Documentação

  • Documente com Swagger/OpenAPI: Gere documentação interativa para facilitar o uso da API por terceiros.
  • Inclua exemplos de uso: Demonstre como consumir os endpoints, com curl, Postman ou código.

Testes

  • Teste seus endpoints: Use ferramentas como Postman, Insomnia ou testes automatizados (e.g., Jest, Supertest).
  • Cobertura de testes para erros: Teste casos como inputs inválidos, acessos não autorizados, e conflitos (409 Conflict).

Monitoramento

  • Logs estruturados: Registre requisições, respostas e erros com clareza.
  • Métricas e tracing: Utilize Prometheus, Grafana, ou serviços como New Relic para acompanhar desempenho.

Com esses princípios e boas práticas, você terá uma base sólida para projetar APIs REST bem estruturadas, seguras e escaláveis.